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Veja os ciclos de Agroexportação: Pau-Brasil; Cana de Açúcar; Ciclo do Café; Ciclo da Borracha, e o atual Ciclo da Soja.
No ciclo de 1500 a 1530, Período Pré-Colonial, a economia se resumia à exploração do Pau-Brasil.
A mão de obra utilizada era dos indígenas, em regime de escambo de mercadorias, ou sob cativeiro.
Ciclo da Cana de Açucar:
Em seguida o território experimentou o ciclo da Cana de Açúcar, com mão de obra escrava trazida do continente africano. As condições de clima e de solo no Brasil, principalmente na região Nordeste, eram favoráveis ao cultivo da cana.
Este período foi a principal atividade agroexportadora desde a metade do século XVI até a metade do século XVII. Inicialmente Portugal associa-se à Holanda pra implementar os processos de cultivo e beneficiamento. O açúcar no Brasil Colonial era cultivado em regime de Plantation, com grandes latifúndios de monocultura.
O ciclo da Mineração:
Também conhecido como Ciclo do Ouro, O período da mineração ficou demarcado entre o final do século XVII e até o final do século XVIII, e tem relações históricas com o final do Ciclo da Cana de Açucar.
No final do século XVII a economia do Açúcar começava a dar sinais declinantes. Ao mesmo tempo, na Região Sudeste, um movimento de exploração das terras mais ao interior do país encontrou as riquezas minerais no território onde hoje está Minas Gerais.
A descoberta do ouro de aluvião, facilmente garimpado com bateias, provocou um grande deslocamento populacional para a região. A expectativa era de enriquecer rapidamente.
Apesar de enorme riqueza retirada do solo, os frutos financeiros ficavam principalmente com a coroa portuguesa.
As contrapartidas ou projetos de melhoria para as populações da mineração produziram frustração e rebeliões.
A insatisfação com as taxas de impostos ou com o confisco direto de ouro e de pedras preciosas provocou revoltas coloniais, sendo que o movimento mais importante perante a história foi o da Inconfidência Mineira.
O Ciclo do Café:
Após o declínio da mineração ocorre uma forte expansão do cultivo, produção e exportação do café. A mão de obra escrava que estava atuando na mineração e nos engenhos remanescentes do ciclo da Cana de Açúcar foi deslocada para atuar no segmento do Café.
Dentro da perspectiva econômica o ciclo do Café trouxe modernizações como a construção de ferrovias na região sudeste, e que ligavam o interior ao litoral, para o escoamento da produção pelos portos. O maior foco foi no interior do estado de São Paulo, em direção ao porto de Santos.
Outro aspecto importante do Ciclo do Café foi a progressiva mudança no perfil da mão de obra. Com a pressão abolicionista crescente, e depois com o final oficial da escravatura no país, o Brasil abriu-se para receber imigrantes europeus para o trabalho agrícola.
A crise de 1929 e a indústria urbana:
Durante a crise de 1929 as perdas do setor cafeeiro foram muito fortes. Com isso, uma parte do capital foca na criação de indústrias, gerando um ciclo de industrialização.
Este período coincide com as prioridades do governo Vargas, a partir da revolução de 1930.
O Ciclo da Borracha:
Outro marco na agroexportação brasileira foi o Ciclo da Borracha, que ocorreu no final do século XIX e até o começo do século XX. Foi um episódio concentrado na região Norte, na Floresta Amazônica.
Ele ocorreu pela extração do Látex, retirado das árvores “seringueiras” (Hevea brasiliensis). A mão de obra utilizada já não tinha mais nem os traços da escravidão e nem da imigração.
Ela foi obtida pela migração de Leste para Oeste, com trabalhadores e famílias inteiras de nordestinos deslocando-se para as florestas da Amazônia.
O principal ciclo da Borracha enquanto fenômeno econômico e deslocamento populacional intenso foi de 1879 até 1912. A riqueza gerada pela borracha transformou a vida em Manaus, Belém e outras cidades da Amazônia.
Foram construídos grandes teatros, urbanização, iluminação pública entre outras transformações. Porém, sementes da árvore “seringueira” foram contrabandeadas para países da Ásia, com clima propício para o crescimento das árvores e início da produção.
O Ciclo da Soja:
No final do século XX e no início do século XXI o Brasil passa por uma “revolução verde”. Ela acontece quando novas tecnologias de manejo do solo, e de novos cultivares adaptados aos climas do Brasil entram em cena.
A EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, desenvolve aprimoramentos genéticos no arroz, no milho, na soja e no algodão, além do trigo e outras plantas de interesse comercial mundial.
O resultado combinado destas pesquisas levou o país a se tornar um grande exportador de comodities agrícolas. A principal cultura de exportação é a da soja.
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